Apesar de protestos, presidente da Hungria assina lei proibindo parada LGBT

Manifestantes bloquearam ponte no centro de Budapeste na terça-feira (18) depois que parlamento aprovou medida Este conteúdo foi originalmente publicado em Apesar de protestos, presidente da Hungria assina lei proibindo parada LGBT no site CNN Brasil.

Mar 19, 2025 - 14:15
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Apesar de protestos, presidente da Hungria assina lei proibindo parada LGBT

O presidente da Hungria, Tamas Sulyok, assinou uma lei proposta pelo partido governista do primeiro-ministro, Viktor Orban, que proibirá as comunidades LGBTQ+ de realizar marcha anual do Orgulho, desafiando as críticas de organizações de direitos humanos dizendo que ela restringe a liberdade de reunião.

Manifestantes bloquearam uma ponte no centro de Budapeste na terça-feira (18) à noite depois que o parlamento aprovou a medida, acelerando uma lei proposta pelo partido de direita Fidesz de Orban na segunda-feira (17).

O presidente Tamas Sulyok, ex-chefe do Tribunal Constitucional que foi eleito para o cargo amplamente cerimonial há um ano pela maioria parlamentar do Fidesz, assinou a lei. Seu gabinete não respondeu às perguntas da Reuters nesta quarta-feira (19).

A lei proíbe o Orgulho sob o argumento de que pode ser considerado prejudicial às crianças e diz que a polícia pode usar câmeras de reconhecimento facial para identificar pessoas que comparecem ao evento, impondo multas aos participantes.

Orban, que está lidando com uma economia em dificuldades e um desafio sem precedentes de um novo partido de oposição antes das eleições de 2026, há muito tempo critica a comunidade LGBT.

Suas políticas frequentemente o colocam em desacordo com o resto da União Europeia.

Hadja Lahbib, a comissária da UE para a igualdade, disse no X que “o direito de se reunir pacificamente é um direito fundamental a ser defendido em toda a União Europeia”.

 

Michael O’Flaherty, Comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, uma instituição independente que promove os direitos humanos na Europa, comentou que estava “muito preocupado” com a nova lei e na terça-feira (18) à noite pediu a Sulyok que a vetasse.

O prefeito liberal de Budapeste, Gergely Karacsony, também criticou a lei e falou que o Orgulho deste ano “poderia ser maior do que nunca”.

Os organizadores disseram que planejavam prosseguir com a marcha deste ano – programada para 28 de junho – apesar da proibição.

“Budapeste é a cidade da liberdade, haverá Orgulho”, afirmou Karacsony.

Orban, no cargo desde 2010, também prometeu reprimir o financiamento estrangeiro à mídia independente e às ONGs, encorajado pelas ações de seu aliado, o presidente dos EUA, Donald Trump.

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