Apoio de China e Rússia dá segurança a Maduro, afirma especialista à CNN
Professora de Relações Internacionais Denilde Holzhacker analisa situação na Venezuela após eleições contestadas e destaca papel de potências internacionais no cenário Este conteúdo foi originalmente publicado em Apoio de China e Rússia dá segurança a Maduro, afirma especialista à CNN no site CNN Brasil.

A professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde Holzhacker, em entrevista ao Bastidores CNN, analisou a atual situação política na Venezuela após as eleições presidenciais contestadas. Segundo a especialista, o apoio de países como China e Rússia confere segurança às ações de repressão interna do governo de Nicolás Maduro.
Holzhacker destacou que a apresentação das atas eleitorais por Maduro, conforme prometido, provavelmente não resolverá a crise política no país. “A chance de recebermos atas que sejam distintas e que tragam resultado diferente do que já foi proclamado é bastante pequena”, afirmou a professora.
A especialista ressaltou que a crise continuará, uma vez que os resultados serão contestados não apenas pelos grupos de oposição, mas também por relatórios de organizações internacionais como o Carter Center e a OEA (Organização dos Estados Americanos). Holzhacker sugeriu que uma solução para a crise poderia envolver a avaliação das atas por uma perícia independente, proposta que tem sido apoiada por países como Brasil e Estados Unidos.
“É preciso trazer as atas, mas elas precisam passar por uma verificação independente e de grupos que tenham de fato autonomia para fazer essa avaliação”, explicou a professora.
Escalada da tensão e apoio internacional
Quanto à postura de Maduro, Holzhacker observou uma escalada nas ações do governo venezuelano, passando de uma retórica ameaçadora para uma repressão efetiva contra manifestantes e opositores. A professora atribuiu essa postura mais assertiva ao apoio recebido de potências internacionais.
“Ele tem dois países muito importantes que dão apoio, que são a China e a Rússia. A China, inclusive, com um apoio não apenas econômico, mas também no treinamento militar e nas ações na parte de acompanhamento dessa área também na Venezuela”, explicou Holzhacker.
A especialista concluiu que, enquanto Maduro contar com o respaldo dessas potências, é provável que mantenha sua postura de enfrentamento. Apenas uma mudança na posição desses aliados, especialmente da China, poderia levar a uma moderação nas ações do governo venezuelano.
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