Discurso de “linha-dura” do chavismo assusta países da AL

Ameaças à oposição feitas por Diosdado Cabello, considerado "número 2" do regime na Venezuela, pesaram em ruptura com Maduro, afirmam embaixadores latino-americanos Este conteúdo foi originalmente publicado em Discurso de “linha-dura” do chavismo assusta países da AL no site CNN Brasil.

Aug 2, 2024 - 16:20
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Discurso de “linha-dura” do chavismo assusta países da AL

As ameaças feitas pelo líder chavista Diosdado Cabello a integrantes da oposição, em discurso feito na terça-feira (30) em plena Assembleia Nacional da Venezuela, tem influenciado na decisão de países latino-americanos de romper definitivamente com o regime de Nicolás Maduro e reconhecer Edmundo González Urrutia como vitorioso nas eleições presidenciais, segundo diplomatas de países vizinhos ouvidos em caráter reservado pela CNN.

Conhecido como o “número 2” do chavismo e representante da “linha-dura” do regime, Diosdado Cabello afirmou que o governo dará a “lição das lições” para a oposição e que “acabou a clemência criminal” no país.

“Vamos fodê-los”, disse Cabello, que é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Para um embaixador latino-americano baseado em Brasília, é especialmente grave o fato de esse discurso ter sido proferido na tribuna do Poder Legislativo.

Segundo esse diplomata, a percepção de que opositores estão sob ameaças crescentes pelo regime Maduro colabora para o reconhecimento de González Urrutia como vitorioso na Venezuela.

Cabello conclamou uma “união cívico-militar-policial” contra a oposição. Ele citou Maria Corina Machado, Henrique Capriles (candidato presidencial derrotado em 2013 contra Maduro) e Henry Ramos Allup (dirigente do partido Ação Democrática) como “ratos” que andam se escondendo do povo.

“Vamos dar-lhes a lição das lições. E oxalá surja, a partir daqui, uma verdadeira oposição no país”, afirmou Cabello.

De acordo com o líder chavista, acabaram-se os tempos de “perdão” porque, a cada “perdão” dado pelo governo para crimes atribuídos a opositores, surgiram novas “conspirações”.

“Acabou-se a clemência criminal. Serão acusados ante as autoridades competentes pelos mais altos delitos. E não haverá benefícios para nenhum deles. E nenhuma delas”, acrescentou Cabello, em referência indireta a Maria Corina Machado.

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