Especialista: Trump não descarta envio de tropas para Faixa de Gaza
Segundo Vitelio Brustolin, a declaração marca uma possível mudança significativa na política externa americana com o Oriente Médio Este conteúdo foi originalmente publicado em Especialista: Trump não descarta envio de tropas para Faixa de Gaza no site CNN Brasil.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não descarta o envio de tropas para a Faixa de Gaza, segundo análise do pesquisador de Harvard e da Universidade Federal Fluminense (UFF) Vitelio Brustolin em entrevista à CNN.
Trump afirmou que o “potencial na Faixa de Gaza é inacreditável” e que ela poderia se tornar a “Riviera do Oriente Médio”.
Segundo Vitelio, esta declaração marca uma possível mudança significativa na política externa americana para a região. Ele avalia que Trump afirmou ter ponderado sobre esta ideia “por um longo tempo”, consultando assessores que teriam aprovado a proposta.
O presidente chegou a descrever a Faixa de Gaza como um local “azarado”, uma expressão que chama atenção pela sua informalidade em um contexto tão delicado.
Contexto histórico e político
O especialista traçou um panorama histórico do conflito, lembrando que em 1948, quando a ONU decidiu pela criação do Estado de Israel, a Palestina tinha uma conexão territorial entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Contudo, sucessivas guerras desde então resultaram na expansão dos territórios israelenses.
Brustolin ressalta que, ao longo dos anos, Israel fez cinco propostas para a criação de dois Estados, todas recusadas pela Palestina.
O pesquisador aponta que existem grupos extremistas em ambos os lados, complicando as negociações de paz.
Mudança na postura americana
O especialista aponta que a posição de Trump representa uma ruptura com décadas de política externa americana, que tradicionalmente apoiava a solução de dois Estados.
O presidente já havia demonstrado sua inclinação pró-Israel ao mudar a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém durante seu mandato, reconhecendo a cidade como capital de Israel.
Brustolin alerta para a gravidade das declarações de Trump, especialmente considerando a nomeação de Elise Stefanie como embaixadora dos EUA na ONU, que afirmou publicamente o “direito bíblico” de Israel sobre a Cisjordânia.
Estas posturas confrontam diretamente o posicionamento histórico dos Estados Unidos como mediador no conflito israelo-palestino.
A análise do pesquisador evidencia a complexidade da situação no Oriente Médio e como as declarações de líderes globais, especialmente dos Estados Unidos, podem impactar significativamente as perspectivas de paz na região.
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