Governo paraguaio entrega informações de suposta espionagem para MP do país
Em meio a crise diplomática com o Brasil, promotora foi informada por chanceler paraguaio sobre ação de inteligência Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo paraguaio entrega informações de suposta espionagem para MP do país no site CNN Brasil.

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, entregou nesta terça-feira (8) informações sobre a suposta espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ao seu país para a promotora do Ministério Público do Paraguai, Irma Llano.
De acordo com o governo paraguaio, o chanceler entregou informações sobre o caso para a agente responsável pela investigação, iniciada na última quarta-feira (3) pela Unidade Especializada em Crimes Informáticos.
De acordo com o Ministério Público do Paraguai, a ação de inteligência que teria sida promovida Abin para obter informações confidenciais relativas à negociação das tarifas de Itaipu pode constituir crime de acesso indevido a dados, a sistemas informáticos e de interceptação de dados.
A investigação buscará determinar a participação direta ou indireta da Abin em ações de intrusão e no planejamento de operações internacionais de espionagem a senadores, deputados, integrantes do corpo diplomático e da Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai, entre outros.
Fontes ligadas ao caso disseram à CNN que a investigação já é realizada, mas que ainda está em estágio incipiente.
Também participaram da reunião com a promotora o vice-ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Víctor Verdún, que na semana passada entregou uma carta do governo paraguaio ao embaixador brasileiro em Assunção, José Antonio Marcondes, solicitando informações sobre a suposta espionagem.
O embaixador paraguaio em Brasília, Juan Ángel Delgadillo, que foi convocado de volta ao seu país para consultas, também esteve presente.
A suposta espionagem, que veio à tona após reportagem do portal UOL, gerou uma crise diplomática entre os países. O Paraguai considerou a ação de inteligência como uma intromissão em seus assuntos internos, e suspendeu as negociações do Anexo C do tratado de Itaipu, sobre compra e venda de energia, até que o Brasil esclareça o caso.
Em nota, o governo brasileiro afirmou que a operação havia sido autorizada em junho de 2022, no governo de Jair Bolsonaro, mas que foi deixada sem efeito assim que a atual administração tomou conhecimento do caso.
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