“Não pode haver uma guerra no Líbano”, diz Emmanuel Macron em Nova York

Presidente francês pediu que Israel e Hezbollah cessem os ataques e endossou a crítica de Zelensky ao Brasil na ONU Este conteúdo foi originalmente publicado em “Não pode haver uma guerra no Líbano”, diz Emmanuel Macron em Nova York no site CNN Brasil.

Sep 25, 2024 - 17:00
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“Não pode haver uma guerra no Líbano”, diz Emmanuel Macron em Nova York

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que “não pode haver uma guerra no Líbano” em discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira (25). Macron defendeu que Israel “pare a escalada de tensão” e que o “Hezbollah interrompa o disparo de mísseis”.

O presidente francês, que foi o último a discursar em Nova York, afirmou que o “maior risco agora é a escalada da guerra no Líbano”. Ele pediu que ambas as partes respeitem as leis internacionais e a “Linha Azul”, como é chamada a fronteira entre Israel e o Líbano, para proteger a vida de civis e evitar uma conflagração regional.

Macron afirmou que o Ministro de Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, viajará ao Líbano no final desta semana. E disse que Barrot conduzirá discussões em prol de um cessar-fogo no Líbano na reunião de emergência do Conselho de Segurança desta quarta-feira, convocada pela França.

 

 

Sobre Gaza, o presidente francês afirmou que Paris condenou desde o “dia 1” os ataques do Hamas em 7 de outubro e que Israel tem o direito legítimo de proteger o seu povo, mas afirmou que “a guerra já dura muito tempo” e que 41 mil palestinos já morreram.

Macron afirmou que o número de civis mortos no enclave palestino “não tem justificativa” e defendeu que a “raiva e o ressentimento devem parar”. “É urgente que se abra uma nova fase em Gaza, que as armas se silenciem, que os trabalhadores humanitários regressem, que os civis sejam protegidos”, completou o presidente francês.

Macron manda recado sobre Ucrânia após crítica de Zelensky ao Brasil

Emmanuel Macron também criticou em seu discurso países que defendem o fim do conflito na Ucrânia por meio da cessão de territórios ucranianos invadidos pela Rússia.

“A França suporta a resistência da Ucrânia”, disse Macron, acrescentando que o país não apoia soluções que “preveem da capitulação de Kiev” e “busca juntar forças a parceiros sinceros” que visam alcançar a paz na Ucrânia.

Enquanto a França defende o fornecimento de mais armamentos a Kiev para viabilizar a vitória da Ucrânia, o Brasil discorda do envio de mais armas e defende a paz a qualquer custo, mesmo que signifique uma derrota ucraniana.

A crítica de Macron foi feita poucas horas depois que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou também em Nova York que a “dupla China-Brasil” tenta promover “algo alternativo a uma paz justa e abrangente” para encerrar o conflito, distante da solução proposta por Kiev.

O governo brasileiro não fala diretamente que a paz pode passar pela derrota da Ucrânia. Mas diferentes fontes diplomáticas defendem que o fim da guerra depende de concessões por parte dos ucranianos. E ceder, no contexto da guerra na Ucrânia, significa abrir mão de territórios invadidos pela Rússia.

O presidente francês afirmou que Paris continuará a apoiar Kiev com o envio de armas. “A França continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que a Ucrânia possa manter-se forte, ficar fora de perigo e obter justiça.”

Macron disse ainda que o multilateralismo nunca foi tão importante e apoiou a reivindicação do presidente Lula por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

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