O que sabemos sobre o ataque com drone do Hezbollah contra base militar de Israel
Ao menos quatro soldados morreram e cerca de 60 pessoas ficaram feridas Este conteúdo foi originalmente publicado em O que sabemos sobre o ataque com drone do Hezbollah contra base militar de Israel no site CNN Brasil.

Israel está investigando como um drone do Hezbollah entrou no país sem disparar um alerta no domingo (13). A ofensiva matou ao menos quatro soldados e deixou cerca de 60 pessoas feridas.
O ataque é a segunda vez em dois dias que os drones do grupo libanês conseguiram entrar no território israelense.
O Exército do país interceptou na sexta-feira (11) um dos dois drones disparados do Líbano. Uma casa de repouso na cidade costeira de Herzliya, centro de Israel, foi danificada.
O que se sabe até agora
O drone do Hezbollah foi lançado do Líbano perto das 19h, no horário local, no domingo (13), disse o porta-voz militar israelense Daniel Hagari.
O ataque atingiu uma base do Exército perto de Binyamina, uma cidade ao norte de Tel Aviv e a cerca de 60 km da fronteira com o Líbano.
O Exército israelense disse que quatro soldados foram mortos e pito soldados sofreram ferimentos graves. Além disso, destacaram que investigarão como o drone entrou em Israel sem disparar um alerta.
Dezenas das mais de 60 pessoas feridas permanecem hospitalizadas, de acordo com autoridades médicas.
O Ministro da Defesa Yoav Gallant visitou a base na manhã desta segunda-feira (14). Ele também informou o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, durante a noite sobre a ofensiva.
Ele advertiu que Israel tomará uma “resposta enérgica” contra o Hezbollah.
O que o Hezbollah disse?
O Hezbollah alertou Israel que o ataque de domingo foi a “parte fácil” do que pode acontecer se os militares israelenses continuarem atacando o Líbano.
O grupo disse que lançou dezenas de foguetes em direção a Nahariya e Acre, com a intenção de atacar os sistemas de defesa aérea de Israel, enquanto também lançou um enxame de drones em direção às áreas de Acre e Haifa.
Além disso, afirmaram que lançaram 38 ataques a soldados israelenses, bases do Exército e quartéis em Israel e no sul do Líbano — o maior número desde o início da guerra.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
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