Por que mel pode ser tóxico para bebês?

A introdução alimentar é uma fase importante durante o primeiro ano de vida de uma criança. No entanto, alguns alimentos podem ser contraindicados nessa fase, como o mel. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a […]

Dec 8, 2023 - 04:30
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Por que mel pode ser tóxico para bebês?

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A introdução alimentar é uma fase importante durante o primeiro ano de vida de uma criança. No entanto, alguns alimentos podem ser contraindicados nessa fase, como o mel.

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Embora a substância seja rica em vitaminas, para bebês de até 1 ano de idade, ele pode ser tóxico e até mesmo fatal, afirma a pediatra Anna Bohn, membro da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

“Essa recomendação existe por conta de uma doença chamada botulismo, transmitida a partir de comidas enlatadas ou em conserva, que estejam contaminadas com a bactéria que causa essa doença, entre elas, o mel. Por razões não totalmente conhecidas, algumas crianças menores de 1 ano são mais suscetíveis, e, quando essas bactérias são ingeridas acidentalmente, caindo no trato gastrointestinal, podem produzir toxinas mais intensamente.”

Embora a intoxicação não seja certeira em todos os casos de consumo, sendo o botulismo uma doença rara, casos da doença anteriores ao primeiro ano da criança estão fortemente associados com o fator comum da ingestão de mel ou outros enlatados.

De acordo com a pediatra Elisabeth Fernandes, também da SBP, o botulismo infantil é uma forma específica da doença, contraída pela ingestão de alimentos contaminados por uma toxina formada durante o crescimento da bactéria Clostridium botulinum, afetando apenas a faixa etária relacionada à recomendação de não haver ingestão do mel. 

“A microbiota intestinal imatura permite a germinação, a multiplicação e a produção de neurotoxina botulínica no intestino infantil, o que não ocorre nos maiores de 1 ano de idade”, alega Elisabeth.

O diagnóstico de botulismo é feito a partir da observação clínica. Os sintomas podem incluir constipação, evoluindo com sintomas neurológicos, como fraqueza muscular importante, dificuldade para mamar, perda de expressão facial e choro fraco. A confirmação ocorre com a identificação da bactéria em uma amostra de fezes do bebê. 

O tratamento inclui medidas de suporte respiratório e administração de soro com anticorpos (imunoglobulina antibotulínica) para neutralizar as toxinas. 

As pediatras dizem que, embora o mel deixe de apresentar riscos às crianças após completar o primeiro ano, é recomendado que sua utilização seja feita apenas de forma pontual, como opção anti-inflamatória ou para xaropes caseiros para tratar quadros de tosse. 

“Importante dizer que o consumo de alimentos adoçados com mel não é indicado antes dos 2 anos de idade. A razão por trás disso é preservar o paladar neutro das crianças, incentivando a aceitação de frutas in natura, legumes, verduras e saladas. Ao evitar a introdução de açúcares e mel precocemente, contribuímos para uma alimentação mais saudável e equilibrada na infância e na vida adulta”, afirma Elisabeth.

Tal dieta, com alimentos mais naturais, sem açúcar e sem processados, auxilia a formação de uma microbiota intestinal mais diversificada das crianças, diminuindo o índice de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta, como diabetes, hipertensão e obesidade.

Anna finaliza falando que, após os 2 anos, o ingrediente pode ser utilizado para adoçar preparos como bolos e iogurtes, sempre com moderação. 

Olhar e sentir o cheiro de comida gostosa já pode aumentar o risco de diabetes; entenda:

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