Presidente da Colômbia pede liberação de 12 colombianos presos na Venezuela

Segundo Gustavo Petro, eles teriam sido detidos durante a eleição presidencial na Venezuela, em julho de 2024 Este conteúdo foi originalmente publicado em Presidente da Colômbia pede liberação de 12 colombianos presos na Venezuela no site CNN Brasil.

Jan 17, 2025 - 14:10
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Presidente da Colômbia pede liberação de 12 colombianos presos na Venezuela

O presidente da Colômbia Gustavo Petro pediu às autoridades da Venezuela que libertassem 12 cidadãos colombianos que, segundo ele, foram detidos durante a eleição presidencial de 28 de julho de 2024. O pedido foi criticado pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que pediu a Petro para cuidar dos assuntos da Colômbia.

Petro abordou o assunto na quinta-feira (16) por meio de publicação em rede social, na qual comemorou a libertação do diretor da organização não governamental Espacio Público, Carlos Correa — cuja prisão ele havia criticado anteriormente.

“É importante para a paz nas Américas que a Venezuela liberte todas as pessoas detidas no contexto das eleições e pós-eleições, incluindo os 12 colombianos detidos em seu território”, escreveu ele, mas não identificou quem eram ou pelo que são acusados.

O promotor venezuelano respondeu horas depois. Em uma declaração de duas páginas, Saab disse que leu a declaração de Petro “com surpresa”. Ele também afirmou que a Venezuela enfrenta ameaças das quais deve se defender e que algumas delas são supostamente coordenadas pela Colômbia. Ele também pediu ao presidente que não interviesse nos assuntos de um país que não fosse o seu.

“Caro Presidente, não vejo o chefe de Estado Nicolás Maduro Moros interferindo nos assuntos internos da Colômbia […] Com todo o respeito, digo-lhe, você deve cuidar da Colômbia, que tem múltiplos e graves problemas: aqui temos que cuidar dos nossos”, disse Saab.

Saab também disse que há uma “agressão transnacional e multifatorial contra a Venezuela”, da qual o país se defende “com pleno respeito às garantias constitucionais e aos direitos humanos”.

A CNN entrou em contato com a presidência da Colômbia para comentar as declarações do promotor e está aguardando uma resposta.

Na quarta-feira (15), durante seu discurso anual à nação, Maduro disse que as autoridades venezuelanas detiveram até agora mais de 150 pessoas que ele descreveu como “mercenários” de 25 nacionalidades, incluindo cidadãos colombianos e americanos. No entanto, nem o presidente nem outras autoridades de alto escalão detalharam ainda os supostos crimes atribuídos a esses indivíduos. Também não se sabe se os 12 colombianos mencionados por Petro estão incluídos nesse número.

Após a votação de 28 de julho, Maduro disse que mais de 2 mil pessoas foram presas por supostos atos de violência em protestos pós-eleitorais, incluindo mais de 100 menores. No final do ano passado, o presidente solicitou uma revisão desses casos para determinar se erros processuais ocorreram em algum deles. Segundo a Procuradoria-Geral da Venezuela, como resultado dessas revisões, 1.515 pessoas foram libertadas até 6 de janeiro.

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