Quase 100 pessoas se reúnem em protesto contra Trump em Harvard
Departamento de Segurança Interna dos EUA informou que universidade perderá o direito de matricular estudantes estrangeiros caso não atenda às exigências do governo Trump Este conteúdo foi originalmente publicado em Quase 100 pessoas se reúnem em protesto contra Trump em Harvard no site CNN Brasil.
Cerca de cem pessoas compareceram ao protesto na escadaria da Biblioteca Harvard Widener na quinta-feira (17) com cartazes condenando Trump. Eles também ouviram uma série de palestrantes, que garantiram ao público que não queriam que a universidade cumprisse as exigências do governo.
Ezekiel Wells, de 20 anos, aluno do segundo ano da Universidade de Harvard, e os colegas levaram cerca de dez horas, sem dormir, para preparar uma manifestação no campus da instituição, depois que o governo Trump ameaçou proibir a matrícula de estudantes estrangeiros em Harvard.
“Queríamos mostrar que Harvard pode se manter unida”, comentou Wells em uma entrevista fora do campus. “Não vamos ceder às exigências de que entreguemos os nomes de alguns estudantes internacionais para que seus vistos possam ser revogados sem justa causa e possam ser deportados de volta para seus países de origem.”
“Em vez disso, vamos nos unir como universidade, como Harvard, dizendo: ‘Vejam, não estamos fazendo nada por vocês. E vamos apoiar a liberdade.'”, ele acrescentou.
A universidade não permitiu a entrada da imprensa no campus para cobrir o protesto.
Entrevistas e filmagens foram realizadas do lado de fora, em espaços públicos.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA informou na quarta-feira (16) que a Universidade Harvard perderá o direito de matricular estudantes estrangeiros caso não atenda às exigências do governo Trump de compartilhar informações sobre alguns portadores de visto, marcando a mais recente escalada do governo contra a instituição de ensino.
A secretária do Departamento de Segurança Interna (DHS), Kristi Noem, também anunciou na quarta-feira (16) o cancelamento de duas bolsas do DHS, totalizando mais de US$ 2,7 milhões, para a universidade.
“Sabe, eu quero fazer a minha parte para ajudar meu país a superar essa pestilência perigosa”, comentou um artista, conhecido como “Mad King Drumpf” e que participou do protesto. “Estamos em uma situação muito, muito difícil. Mas vim para parabenizar Harvard e apoiá-la pelo que fizeram esta semana.”
No final do mês passado, o governo Trump anunciou que estava revisando nove bilhões de dólares em contratos e subsídios federais para Harvard.
Posteriormente, ele solicitou a implementação de restrições – incluindo a proibição do uso de máscaras e a remoção de programas de diversidade, equidade e inclusão – para que a universidade continuasse recebendo verbas federais.
Harvard rejeitou na segunda-feira (14) inúmeras exigências que, segundo ela, cederiam o controle ao governo. Pouco tempo depois, o governo Trump anunciou o congelamento de US$ 2,3 bilhões em financiamento.
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