Suprema Corte da Geórgia restabelece lei sobre proibição do aborto no estado
Medida proíbe quase todos os abortos após detecção de um "batimento cardíaco humano" Este conteúdo foi originalmente publicado em Suprema Corte da Geórgia restabelece lei sobre proibição do aborto no estado no site CNN Brasil.

A Suprema Corte da Geórgia restabeleceu uma lei sobre proibição do aborto nesta segunda-feira (7). Na semana passada, um juiz de um tribunal inferior havia bloqueado a medida, considerando que ela é inconstitucional e não poderia mais ser aplicada.
O procurador-geral da Geórgia recorreu da decisão do magistrado e pediu que a lei fosse restabelecida durante o processo de apelação.
A decisão da Suprema Corte desta segunda é temporária, mas permanecerá em vigor até que o tribunal ouça os argumentos de ambos os lados e emita uma decisão final.
Entenda a lei
A lei proíbe quase todos os abortos após a detecção de um “batimento cardíaco humano”, o que acontece normalmente em torno de seis semanas, antes que muitas mulheres saibam que estão grávidas.
A legislação foi aprovada em 2019, mas não entrou em vigor até que a Suprema Corte dos EUA revertesse, em 2022, a Roe v. Wade, uma decisão que garantia direitos ao aborto em todo o país.
O juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton, Robert McBurney, bloqueou a lei em 30 de setembro, concluindo que ela violava os direitos das mulheres à privacidade e à liberdade, garantidos pela Constituição estadual.
Em sua ordem na semana passada, o magistrado escreveu que as mulheres “não são uma propriedade comunitária de propriedade coletiva cuja disposição é decidida por maioria de votos” e concluiu que o estado só poderia restringir o aborto após a viabilidade fetal.
McBurney havia bloqueado anteriormente a proibição do aborto em novembro de 2022 por motivos mais restritos, mas a Suprema Corte do estado rapidamente anulou essa decisão e enviou o caso de volta ao juiz para julgamento.
*com informações da Reuters
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