Trump assina ordens contra dois ex-funcionários que o criticaram
Medida tem como alvo aliados do republicano no primeiro mandado presidencial; presidente dos EUA os chamou de traidores e disse que eles deveriam ser investigados Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump assina ordens contra dois ex-funcionários que o criticaram no site CNN Brasil.
O presidente Donald Trump assinou diretivas nesta quarta-feira (9) visando dois ex-funcionários do governo que o criticaram durante seu primeiro mandato, chamando um deles de traidor e dizendo que eles deveriam ser investigados.
Uma das diretrizes de Trump citou Christopher Krebs, seu ex-chefe de segurança cibernética, e disse que qualquer autorização de segurança que ele tiver será revogada.
Um segundo memorando presidencial teve como alvo Miles Taylor, que era um alto funcionário do Departamento de Segurança Interna durante o primeiro mandato de Trump e escreveu anonimamente um livro em 2019 criticando o então presidente.
A ordem retirou de Taylor qualquer autorização de segurança que possa ter e ordenou que o Departamento de Justiça o investigue.
“Acho que é um caso muito importante, e acho que ele é culpado de traição, se você quiser saber a verdade, mas vamos descobrir”, disse Trump ao assinar a ordem sobre Taylor.
Em resposta, Taylor disse por mensagem de texto: “Eu disse que isso aconteceria. A dissidência não é ilegal. Certamente não é traição. Os Estados Unidos estão indo para um caminho sombrio.”
Krebs havia questionado as alegações de Trump de fraude eleitoral na eleição presidencial de 2020, na qual ele perdeu para o democrata Joe Biden.
A ordem assinada nesta quarta-feira exige uma revisão das atividades de Krebs como funcionário do governo, incluindo sua liderança na Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (Cisa), disse um informativo da Casa Branca.
“Vamos descobrir sobre esse cara também porque ele é um cara esperto”, disse Trump, chamando Krebs de “uma desgraça”.
Krebs não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Trump demitiu Krebs em um tuíte de 17 de novembro de 2020, cinco dias após a Cisa publicar uma declaração dizendo que a eleição de 2020 foi “a mais segura da história americana”. Trump alegou falsamente que a vitória de Biden foi resultado de fraude.
Depois de deixar o governo, Krebs foi cofundador do Krebs Stamos Group, uma consultoria de segurança cibernética, junto com o ex-diretor de segurança do Facebook, Alex Stamos.
A empresa de segurança cibernética SentinelOne adquiriu a consultoria em novembro de 2023, e Krebs tornou-se o diretor de inteligência e políticas públicas da SentinelOne.
A ordem de Trump determina que as autorizações de segurança para indivíduos da Sentinel One também sejam revogadas enquanto se aguarda uma revisão. Um porta-voz da SentinelOne preferiu não comentar.
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