BNDES quer que projeto no RS incentive na prevenção de desastres
Investimentos em infraestrutura de resiliência em cidades do Rio Grande do Sul, estado devastado por temporais nos meses de abril e maio do ano passado, podem servir de modelo para que outras regiões do país se tornem menos vulneráveis a desastres climáticos. A avaliação é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que fez parceria com o governo do Rio Grande do Sul para criar o Projeto RioS (Resiliência, Inovação e Obras para o Futuro do Rio Grande do Sul), voltado à prevenção e adaptação frente a eventos climáticos extremos. Maria Fernanda Coelho considera que as cheias no RS foram uma situação emblemática de necessidade de adaptação climática- Fabrício Menicucci/Divulgação Notícias relacionadas:Ilha Grande, no RJ, recebe título de área de conservação de morcegos.Estudo avalia a saúde cardiovascular dos tamanduás-bandeiras no país.Pesquisa mostra relações entre besouros e cupins no cerrado.Os temporais de abril e maio de 2024 resultaram em mais de 180 mortos no estado, afetaram milhões de pessoas e deixaram bairros de quase todas as cidades gaúchas alagados. O governador gaúcho, Eduardo Leite, chegou a classificar a tragédia como “maior desastre da história do estado”. >> Veja aqui a cronologia dos alertas da tragédia no RS. A avaliação de que investimentos em prevenção e resiliência desenvolvidos pelo Projeto RioS devem servir com exemplo para outros estados é da diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) do BNDES, Maria Fernanda Ramos Coelho. A diretora do banco público ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) considera que o Rio Grande do Sul se tornou um caso emblemático de necessidade de adaptação climática no Brasil, devido à magnitude dos impactos sofridos. A diretora acredita que o Projeto RioS servirá como aprendizado para elaboração de estratégias de resiliência. “A experiência adquirida na estruturação de governança climática, planejamento territorial e infraestrutura resiliente poderá ser replicada em estados e municípios com desafios semelhantes. Dessa forma, o BNDES pretende transformar o aprendizado do Rio Grande do Sul em um modelo escalável de políticas públicas e investimentos climáticos para o Brasil”, afirmou em entrevista à Agência Brasil. Ajuda financeira Em 2024, o banco, com ações emergenciais, foi grande provedor de auxílio financeiro para empresas gaúchas, somando R$ 28 bilhões para 469 dos 497 municípios do estado. Dentro desse valor estão R$ 19,4 bilhões em mais de 8 mil operações de crédito para empreendedores, empresas, cooperativas e produtores rurais gaúchos, sendo 59% desse montante para micro, pequenas e médias empresas. Outra forma de auxílio emergencial foi a suspensão da exigência de pagamento de R$ 5,3 bilhões em parcelas para mais de 72 mil contratos de empréstimo. O banco concedeu ainda R$ 4,2 bilhões em garantias para cerca de 5 mil operações de financiamento de micro, pequenas e médias empresas com outras instituições financeiras. Resiliência Uma vez lançada a ajuda emergencial, Maria Fernanda Ramos Coelho explica que o foco do banco agora está em apoiar os entes públicos na prevenção e adaptação frente a eventos climáticos extremos, “visando o fortalecimento da governança para gestão de riscos e a priorização de investimentos em infraestrutura resiliente”, e o Projeto RioS se enquadra nesse papel estratégico. Segundo a diretora, o projeto RioS é inédito no Brasil, “tanto em função da abrangência geográfica - cobre toda região hidrográfica do Guaíba, epicentro da catástrofe - como pela ambição de preparar o caminho para reduzir ou mesmo eliminar impactos de futuros eventos climáticos extremos sobre a população”. Ela cita que a região inclui 252 municípios altamente vulneráveis. A diretora descreve que o projeto prevê diagnósticos, realização de modelagem e avaliação de riscos climáticos, uso de tecnologia e metodologias avançadas para planejamento territorial e o desenvolvimento de um portfólio de projetos de infraestrutura resiliente.

Investimentos em infraestrutura de resiliência em cidades do Rio Grande do Sul, estado devastado por temporais nos meses de abril e maio do ano passado, podem servir de modelo para que outras regiões do país se tornem menos vulneráveis a desastres climáticos.
A avaliação é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que fez parceria com o governo do Rio Grande do Sul para criar o Projeto RioS (Resiliência, Inovação e Obras para o Futuro do Rio Grande do Sul), voltado à prevenção e adaptação frente a eventos climáticos extremos.
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- Ilha Grande, no RJ, recebe título de área de conservação de morcegos.
- Estudo avalia a saúde cardiovascular dos tamanduás-bandeiras no país.
- Pesquisa mostra relações entre besouros e cupins no cerrado.
>> Veja aqui a cronologia dos alertas da tragédia no RS.
A avaliação de que investimentos em prevenção e resiliência desenvolvidos pelo Projeto RioS devem servir com exemplo para outros estados é da diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) do BNDES, Maria Fernanda Ramos Coelho.
A diretora do banco público ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) considera que o Rio Grande do Sul se tornou um caso emblemático de necessidade de adaptação climática no Brasil, devido à magnitude dos impactos sofridos.
A diretora acredita que o Projeto RioS servirá como aprendizado para elaboração de estratégias de resiliência.
“A experiência adquirida na estruturação de governança climática, planejamento territorial e infraestrutura resiliente poderá ser replicada em estados e municípios com desafios semelhantes. Dessa forma, o BNDES pretende transformar o aprendizado do Rio Grande do Sul em um modelo escalável de políticas públicas e investimentos climáticos para o Brasil”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
Ajuda financeira
Em 2024, o banco, com ações emergenciais, foi grande provedor de auxílio financeiro para empresas gaúchas, somando R$ 28 bilhões para 469 dos 497 municípios do estado. Dentro desse valor estão R$ 19,4 bilhões em mais de 8 mil operações de crédito para empreendedores, empresas, cooperativas e produtores rurais gaúchos, sendo 59% desse montante para micro, pequenas e médias empresas.
Outra forma de auxílio emergencial foi a suspensão da exigência de pagamento de R$ 5,3 bilhões em parcelas para mais de 72 mil contratos de empréstimo. O banco concedeu ainda R$ 4,2 bilhões em garantias para cerca de 5 mil operações de financiamento de micro, pequenas e médias empresas com outras instituições financeiras.
Resiliência
Uma vez lançada a ajuda emergencial, Maria Fernanda Ramos Coelho explica que o foco do banco agora está em apoiar os entes públicos na prevenção e adaptação frente a eventos climáticos extremos, “visando o fortalecimento da governança para gestão de riscos e a priorização de investimentos em infraestrutura resiliente”, e o Projeto RioS se enquadra nesse papel estratégico.
Segundo a diretora, o projeto RioS é inédito no Brasil, “tanto em função da abrangência geográfica - cobre toda região hidrográfica do Guaíba, epicentro da catástrofe - como pela ambição de preparar o caminho para reduzir ou mesmo eliminar impactos de futuros eventos climáticos extremos sobre a população”. Ela cita que a região inclui 252 municípios altamente vulneráveis.
A diretora descreve que o projeto prevê diagnósticos, realização de modelagem e avaliação de riscos climáticos, uso de tecnologia e metodologias avançadas para planejamento territorial e o desenvolvimento de um portfólio de projetos de infraestrutura resiliente.
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