Prisões da França foram atacadas à noite após repressão ao narcotráfico
Segundo autoridade, veículos foram queimados e armas automáticas disparadas; ao menos 7 presídios relataram ocorrências Este conteúdo foi originalmente publicado em Prisões da França foram atacadas à noite após repressão ao narcotráfico no site CNN Brasil.

Várias prisões francesas foram atacadas durante a noite em resposta aos esforços do governo para reprimir o tráfico de drogas, disseram autoridades de alto escalão nesta terça-feira (15), enquanto governo luta contra o que chamaram de “tsunami” de cocaína entrando no país.
Agressores desconhecidos dispararam armas automáticas contra a prisão na cidade de Toulon, no sul do país, enquanto veículos foram queimados do lado de fora de outras prisões em todo o país e funcionários foram ameaçados.
Não ficou imediatamente claro se os ataques foram coordenados ou quem os executou.
O Ministro da Justiça, Gerald Darmanin, que liderou os esforços para reforçar a segurança prisional e reprimir os criminosos que comandam seus impérios atrás das grades, disse que viajaria para Toulon.
O Ministro da Justiça, Gerald Darmanin, que liderou os esforços para reforçar a segurança prisional e reprimir os gangsteres que comandam os impérios atrás das grades, disse que viajaria a Toulon.
“Tentativas de intimidação foram feitas em várias prisões, desde a queima de veículos até o disparo de armas automáticas”, escreveu Darmanin no X. “Vou a Toulon para apoiar os agentes envolvidos. A República Francesa está enfrentando o problema do tráfico de drogas e está tomando medidas que desmantelarão maciçamente as redes criminosas.”
Des établissements pénitentiaires font l’objet de tentatives d’intimidation allant de l’incendie de véhicules à des tirs à l’arme automatique. Je me rends sur place à Toulon pour soutenir les agents concernés. La République est confrontée au narcotrafic et prend des mesures qui…
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) April 15, 2025
O Ministro do Interior, Bruno Retailleau, disse ter instruído os prefeitos locais, juntamente com a polícia e a gendarmaria, a reforçar imediatamente a proteção dos agentes e das prisões.
“A resposta do Estado deve ser implacável”, escreveu ele no X. “Aqueles que atacam prisões e agentes penitenciários devem ser presos nessas prisões e vigiados por esses agentes.”
Cette nuit, plusieurs attaques inacceptables ont visé des personnels et des biens de l’administration pénitentiaire. Je condamne fermement ces actes, et j’ai donné cette nuit instruction aux préfets, aux côtés des services de police et de gendarmerie, de renforcer sans délai la…
— Bruno Retailleau (@BrunoRetailleau) April 15, 2025
A mídia francesa noticiou que as prisões visadas incluíam Toulon, Aix-En-Provence, Marselha, Valence e Nimes, no sul da França, e Villepinte e Nanterre, perto de Paris.
Anos de importações recordes de cocaína sul-americana para a Europa turbinaram os mercados locais de drogas, desencadeando uma onda de violência relacionada às drogas em todo o continente.
Aumento do narcotráfico no país
A França não foi poupada, com apreensões recordes de cocaína e gangues colhendo lucros inesperados, à medida que se expandem de bases de poder tradicionais em cidades como Marselha para cidades regionais menores, desacostumadas à violência das drogas.
O aumento da criminalidade entre gangues aumentou o apoio ao partido de ultradireita União Nacional e ajudou a arrastar a política francesa para a direita.
Darmanin, ex-ministro do Interior, e Retailleau priorizaram o combate ao tráfico de drogas.
Em fevereiro — ao anunciar apreensões recordes de cocaína de 47 toneladas nos primeiros 11 meses de 2024, contra 23 toneladas em todo o ano de 2023 — Retailleau afirmou que a França havia sido atingida por um “tsunami branco” que reescreveu as regras do cenário criminal.
Darmanin propôs uma série de medidas para reforçar a segurança nas prisões, incluindo o isolamento dos 100 principais chefões do país.
Os legisladores também estão prestes a aprovar uma nova lei abrangente contra o tráfico de drogas, que criaria um novo Ministério Público Nacional para o crime organizado e daria maior poder investigativo à polícia que investiga narcotraficantes.
As autoridades francesas obtiveram uma vitória contra o narcotráfico em fevereiro, quando recapturaram Mohamed Amra, um fugitivo francês conhecido como “A Mosca”.
Sua fuga, enquanto era transportado da prisão para uma audiência judicial, resultou na morte de dois agentes penitenciários, sendo usada por políticos de direita como prova de que a França havia perdido o controle do narcotráfico.
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