Trump consegue articular subterrâneos dos sentimentos morais, diz professor
Historiador Michel Gherman analisa a capacidade de o presidente norte-americano se apropriar de referências subjetivas em projetos políticos Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump consegue articular subterrâneos dos sentimentos morais, diz professor no site CNN Brasil.

O historiador Michel Gherman, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), falou sobre a atuação política de Donald Trump e destacou a sua habilidade em articular os “subterrâneos dos sentimentos morais” e transformá-los em projetos políticos concretos.
A análise foi durante participação no WW Especial, com William Waack, que debateu o peso do indivíduo na história. O programa procurou examinar a influência de lideranças carismáticas no cenário político atual e ao longo do tempo.
Segundo Gherman, Trump demonstra um talento particular, uma espécie de inteligência emocional, que lhe permite ler e se apropriar de uma “subjetividade hegemônica” presente na sociedade.
O professor faz referência ao conceito de “subterrâneos da memória”, proposto pelo ator Michael Pollard, para explicar como Trump consegue captar e mobilizar sentimentos morais profundos.
“O indivíduo, a capacidade de mobilização dessa liderança e desses sentimentos morais, é absolutamente chave para entender o lugar desse indivíduo nessa articulação e nesse projeto que a gente está vendo circulando por aí”, afirmou.
Liderança e mobilização de sentimentos
O historiador enfatiza que a capacidade de Trump de transformar referências morais em projetos políticos é fundamental para compreender os processos políticos atuais. Ele argumenta que o papel do indivíduo, especialmente de uma liderança capaz de mobilizar esses sentimentos morais, é crucial para entender a dinâmica política contemporânea.
“Entender que a dimensão estruturante é dimensão absoluta nessa história, nos leva para perspectivas, como a do marxismo, entre outras, que, em algum sentido, produziriam uma liderança que fosse fundamental para esse processo coletivo e levasse às mudanças estabelecidas”, avaliou.
Gherman ressalta que Trump não é o primeiro líder a demonstrar essa habilidade. Ele menciona que diversas figuras históricas foram capazes de interpretar e canalizar sentimentos coletivos, citando exemplos controversos como Adolf Hitler e Benito Mussolini.
WW Especial
Apresentado por William Waack, programa é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.
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